sábado, 4 de março de 2017

A mudança durou dois dias (3 anos e 11 meses)

Gente: 😞

Como coloquei em meu último post aqui, dia 01/03, pós carnaval comecei a tomar meu remédio e ia mudar de vida. Como também descrevi lá, começaram os enjôos e no segundo dia aumentou muito. Parecia que eu não ia conseguir acabar meu dia de trabalho. Fiz todas as artimanhas para tentar driblar o enjôo e persistir, mas nada funcionou e ficou insustentável.  Escrevi um email para meu médico, corri para casa e fiquei deitada na frente de dois ventiladores. Ele não respondeu e eu não tive outra escolha senão parar. Eu realmente não queria, mas não tinha como continuar. 

Então, como vocês bem sabem, já começam a aparecer as sombras da compulsão, da 'fome', da gula, do mau hábito, da fraqueza, da doença. Não chutei o balde completamente porque ainda tem um resquício do efeito do remédio. Mas já jantei meia caipirinha com batata frita; algo que não presta mas em uma quantidade bem menor que eu vinha comendo e especialmente bebendo. Em contrapartida, em alguns momentos consegui segurar a onde e comer menos. 

Consequentemente, a mente do obeso já arquiteta um plano maléfico: ah, essa semana virá uma amiga para o Brasil e temos que sair (e não vai ser para tomar suco com maçã) e a minha consulta com o médico será dia 14/03, então eu já posso emendar as coisas (comer feito louca).unf

Falei sobre isso na terapia ontem e eu preciso descobrir uma motivação interna realmente forte para conseguir abrir mão dessa satisfação imediata para ter a tão desejada recompensa a longo prazo.






quarta-feira, 1 de março de 2017

Retomada - Foco no parabrisa - (3 anos e 11 meses)

Hoje eu começo de novo. 

É dia 01/03/2017.

É quarta feira de cinzas, o Carnaval acabou ontem. Toda comilança e bebedeira.
Não que isso tenha se limitado ao Carnaval. Antes fosse, que sonho seria!
Acho que desde que saí de férias, do meio dela, as coisas degringolaram.

Eu estava vindo em uma sequência boa de tomar o remédio e me alimentar direitinho. Tinha emagrecido (10kg) e as coisas estavam indo. Mas eu saí de férias. E "não dá pra ser feliz sem comer e beber (muito - pq só existe essa medida), aí larguei tudo e caí no mundo.

O resultado já dá para imaginar: 14kg em 3 meses e meio.  

Ser feliz: não tomar os remédios do psiquiatra. Viver em constante mania, cheia de energia, falante, bebendo e comendo horrores, saindo, ousando, vivendo na corda bamba. Bota intensamente nisso. Tudo, tudo exagerado. Fiz de um tudo.

E quando eu tô assim, eu não como, por exemplo, coisas 'gostosas' sem me preocupar com as calorias simplesmente. Eu como de forma enlouquecida, até ficar exaurida, até ter que deitar. Chega um ponto em que vc não sabe mais se come pra ficar feliz ou pra ficar mal. É tão maluco todo dia que até viver "no limite do prazer", fazendo tudo o que ser na telha, vira rotina. E, pra ficar mais legal, 14kg a mais pra conta. 

Com essa loucura, começo a pensar em quando e como isso tem que ser interrompido e então começo a fazer planos de começar a 'viver'.

Comigo é 8 ou 80, ou estou nessa vibe diabo da Tasmânia (meu natural), ou estou de dieta. E isto, por sua vez, significa eu fazer "tudo certinho": 

tomar os remédios

dieta (comer só coisas saldáveis com baixas calorias)

não beber

Esse é o tripe que muda COMPLETAMENTE minha vida, meu humor, minha relação com as pessoas, absolutamente tudo. O duro é que o cenário completo na minha cabeça é: eu  chata, sem energia, impaciente, chata, sem fazer nada de legal, impaciente, pra baixo, chata, enjoada, chata, sem paciência com ninguém (x1000) , chata, o pessoal do trabalho gostando menos de mim. - As repetições foram propositais.

Quando eu estabeleço uma data para comerçar essa m****, eu 'guardo' qq atividade para ser realizada nesse período porque: quando estou doidona (eu só como , bebo e me divirto), quando começo a dieta aí é quando "vou fazer as coisas da listinha": arrumar a sapateira,ler uma reportagem, organizar a minha bolsa, atualizar os documentos, ativar o blog, enfim...viver como uma pessoa normal. Ou seja a vida "só anda" quando não tem a competição da comida. Eu não sei chegar em casa e fazer uma atividade simples do dia a dia, como arrumar a minha bolsa se eu estou na fase "Tasmânia" pois 100% do tempo que eu não estou no trabalho (e lá tb) é dedicado a comer e beber. E é sempre em quantidades tão grandes que eu dou pt (perda total) e não faço mais nada, só desmaio-acordo-como. Eu não deixo de comer para fazer nada

Óbvio que eu sei que ter essas associações opostas tão abruptas não está certo, mas é assim que eu funciono ou, no mínimo, é assim que estou funcionando nesse momento da minha vida.

E o dia que "escolhi", foi hoje e os motivos estão acima. Além do mais, engordei tanto que já passei da fase de ter que comprar roupas maiores e que disfarçam, estou naquela fase de sair de casa gorda mesmo pq não tem jeito. Nesse calor, me sentido pesaaaaada (talvez pq eu esteja mesmo! unf)

Bom, vou começar do jeito que dá... Se eu conseguir tomar os remédios, o resto anda. O difícil é esse enjôo, mal estar, nhaca que ele me dá. Por causa disso, o médico pegou mais leve no esquema de remédios atual (do que o que eu estava usando qdo consegui emagrecer) e disse que eu não usei tempo suficiente para isso passar. Os primeiros dias são os piores, é MUITO ruim. Por isso desisti várias vezes e resisto tanto. 

Tomara que eu consiga. Quero muito emagrecer e, sendo honesta, é isso que me motiva e mobiliza nesse momento. A expectativa, claro, é que eu equilibrada (com coisas boas andando, tomando remédio, me sentindo melhor com meu corpo), eu consiga, de fato, equilibrar as demais (entender que eu não preciso comer sempre até morrer, que eu posso fazer outras atividades realmente prazerosas além de comer e beber, enfim)...  Inevitavelmente eu lembro do meu 'ano exemplar' pós cirurgia.. melhor não pensar nisso agora. Penso demais. 

Vou tentar focar na 'dieta' daqui pra frente, pronto e acabou.  Não quero pensar que escrever de novo um processo de emagrecimento aqui seja um fracasso. Vou tentar essa ferramenta para me ajudar, independente da queda. O negócio é olhar no parabrisa e esquecer um pouco os retrovisores.




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