sábado, 26 de novembro de 2011

Como saber se estou pronta?

Aproveito para postar um presente que eu ganhei de duas amigas ótimas: a Ana, Dani e a Vivi!! Obrigada, queridas!! 
Eu ofereço esse selinho a todas vocês (de verdade!) que me surpreenderam ao me fazer tão bem e uma companhia tão importante nesse momento, cada uma so seu modo.
 
Vocês são ótimas! Fiquei muito contente com o apoio do último post. Estava com receio de ser julgada. Sempre fui muito desconfiada, mas com certeza estou ainda mais arredia. E sem perceber, estava fazendo o mesmo hoje. Mas não farei, pois esse é meu cantinho e se eu não puder ser totalmente sincera sobre minha inseguranças e sentimentos contraditórios com vocês que também passam por isso, para que serviria o blog, não é mesmo? rs
Ontem me dei conta que fiz todos os exames que o médico pediu (muito menos que algumas de vocês fazem), foram uns 7. Segundo o Dr Salem, eu não precisaria ir nem ao endocrino, nem ao cardio devido meu convênio. Seria a hora de marcar, então, a médica clínica indicada por ele e conseguir o laudo. Deu uma paralisada em mim devido uma sensação de 'rápido demais'. Uai, mas eu não quero?
Medo de não aguentar o tranco, saudade prévia da comida, enfim, medo de não estar preparada. Ahhh gente, não sei. Só sei que foi assim. Meninas, quando vocês tiveram certeza que estavam prontas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Deboche no Trabalho - Desabafo

Gente, estou aqui no trabalho morrendo de raiva. Entupindo-me de água para não deixar a segunda lágrima cair. Minha chefe imediata (que é meio minha amiga) veio nos mostrar as fotos de um casamento que ela foi no fim de semana de uma pessoa aqui da empresa. Apareceu em duas fotos uma mulher horrorosa, tiazona, muito gorda e com o cabelo armadão... destoava-se das outras ao redor por ser bem maior. Ela: “todo mundo estava falando que você estava na festa aí quando eu vi essa mulher, eu ri muuuuuuuuuuuuuuuuuito”. Gente, vocês tem idéia do quanto fiquei nervosa? Virei pra ela e disse: “vai tomar no **, fulana! Isso para eu ser educada com você. E quando eu vir uma pessoa bem feia, vou dizer que parece com você”.  Ela: “mas não fui eu que falei, eu só ri!”...
Ahhh que nervoso, que nervoso ouvi-la rindo, imaginar todos riiindo e fazendo comentários a respeito.
To quase perdendo a cabeça.
(Rapha, hoje fui eu que esqueci a educação em casa)

Vivo por ter esperança que um dia conseguirei reverter essa situação.


Meninas, voltei do banheiro agora. Chorei muito. Eu pareço mesmo com ela (menos o cabelo que o meu é melhor!). Em um casamento, eu não conseguiria usar uma roupa melhor que essa, eu não sou mais magra que ela,  acho que sou até mais.... Talvez por isso minha reação. Danem-se as vitaminas, dane-se tudo... não quero mais viver isso (queria dei!  O problema é que me sinto mais fraca e não fortalecida como a maioria das pessoas quando enfrentam uma situação assim. Queria tanto ir embora...

PS: enquanto postava, tive que reprovar mais uma secretária excelente por ser gorDINHA.

(desculpem a estrutura "desabafo" da escrita!)

domingo, 20 de novembro de 2011

Exames pré: hemograma, eletrocardio, ultrasson, raio X

Ontem fiz os exames: hemograma (milhares de análises, tiraram uns 6 tubinhos de mim), o inesperado furinho na orelha para o tempo de sangramento, urina, e as aventuras: eletrocardio, ultrassom do abdomen e raio x do torax.

Eletrocardio: foi ao som de Djavan (de uma música que gosto muito: Samurai). O moço foi colocando as chupetinhas todas em mim e na hora de iniciar o exame ele começou a por meu braço pra lá, pra cá.. e eu notei que ele queria que meus braços ficassem sobre a cama, paralelos ao meu corpo e então acabei com a agonia dele diagnosticando: "eu não caibo, moço!" Recebi uns feeds aqui no blog de ser muito pessimista achando sempre que não caibo nas coisas. Mas respondo que infelizmente isso é baseado em situações empíricas. A cama era muito estreita e, acreditem em mim, meu quadril é MUITO largo. Bom, o mocinho, depois de pensar um pouco, precisou tirar as chupetinhas e ligar por fiozinhos de modo que eu deixei meus braços sobre a barriga um segurando o outro.

Raio X: Já estava mais segura sem o piercing afundado no umbigo. O rapazote me chamou e me encaminhou ao vestiário com a sentença: por favor coloque nosso avental. Mas foi aí que tirei da minha bolsa a minha arma super secreta. Não querendo passar por aquela situação constrangedora novamente. Levei meu próprio vestido. Sabe aqueles lisos de um pano meio molenga, com aquelas estampas incompreensivelmente coloridas que a gente compra porque acha, no fundo de algumas lojas de departamento populares e usa em casa (único uso possível). Não contavam com minha astúcia! "Moço, disse triunfante, eu trouxe o meu próprio vestido, ele não tem zíper nem nada.. porque esses aventais as vezes ficam meio apertados (kkk²) em mim. Ele: ok! Fiquei toda feliz e dessa forma, eu venci o raio-X!!


Abdomen total: Como eles apertam, né? Doem as costelas (onde quer que elas estejam, rs). Ele já sabia que o exame era devido o preparatório para a bariátrica. Ao final, o médico: "tem um pouco de gordura no fígado, mas é normal". Meninas, ainda bem que eu tinha o blog e trocamos tantas experiências então não me desesperei. Maaas, o google em contrapartida:

sete perguntas para um especialista
http://revistavivasaude.uol.com.br/imagens/bullet_flecha02.gif  
GORDURA NO FÍGADO: o mal do sedentário pode evoluir para a cirrose
Os casos de esteatose hepática, nome científi co desse problema, têm aumentado em países que adotam uma alimentação rica em gorduras, especialmente as saturadas (de origem animal). Saiba os riscos dessa doença e como preveni-la


POR STELLA GALVÃO

1- O QUE É ESTEATOSE HEPÁTICA?
Trata-se de uma condição na qual ocorre depósito de gordura (triglicérides) no interior das células do fígado, chamadas de hepatócitos. Este acúmulo ocorre por vários mecanismos.
O primeiro é por meio do simples aumento do consumo de gordura saturada, aquela responsável também pelo aumento do colesterol ruim (LDL), pelo estreitamento das artérias, o aumento da pressão sangüínea e o risco de infarto; e que são encontradas especialmente em produtos de origem animal, como carnes vermelhas e macias.
Ou seja, a ingestão de grandes quantidades desse tipo de gordura na alimentação faz com que haja um aumento da deposição do excedente no fígado. O segundo mecanismo é mais associado a pacientes com diabetes do tipo 2 ou com predisposição para tal doença. Essas pessoas apresentam um fenômeno chamado resistência à insulina: apesar de produzir insulina, a ação desta é comprometida. Este quadro ativa mecanismos celulares, que favorecem o depósito de gordura no fígado. Por fim, nos últimos anos, revelou-se um terceiro mecanismo envolvido no aparecimento da esteatose hepática. O consumo de gordura e o ganho de peso podem promover o aparecimento de proteínas inflamatórias, chamadas citocinas. Tais substâncias, quando atuando no fígado, também podem favorecer o depósito de gordura no órgão.

2- QUEM ESTÁ MAIS SUSCETÍVEL A ESTE PROBLEMA?
Existem fatores genéticos e ambientais que predispõem à esteatose. Os genéticos ainda são pouco conhecidos, mas acredita-se que tenham relação com os mesmos fenômenos genéticos que podem levar ao diabetes. Os ambientais, entretanto, são vários. Entre eles, podemos destacar os hábitos alimentares, como uma dieta rica em gordura, o consumo excessivo e regular de álcool, o uso de alguns medicamentos (que, de acordo com a sua composição e ação, podem estimular o acúmulo de gordura no órgão) e até certas infecções, inclusive às associadas aos vírus das hepatites B e C.

3- ESTE ACÚMULO DE GORDURA PODE AFETAR A SAÚDE GRAVEMENTE? 
A esteatose passa a ser um risco quando há o aparecimento de células inflamatórias no fígado. Neste caso, a pessoa deixa de ter a esteatose simples e passa a apresentar a esteato-hepatite. A próxima complicação é a fibrose hepática, situação na qual as células do fígado (os hepatócitos) morrem e são substituídas por um tecido fibroso, como aquele que se forma durante uma cicatrização normal da pele. Em pacientes sem esteato-hepatite e sem fibrose, acredita-se que a capacidade de reversão da doença é muito grande, entretanto, após a instalação de uma dessas complicações, a chance de evoluir para a cirrose (doença crônica do fígado, que se caracteriza por fibrose e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sangüínea no órgão) é bastante grande. Neste caso, o fígado deixa de desempenhar suas funções normais, como produzir bile (agente diluidor de gorduras), auxiliar na manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas e metabolizar o colesterol. Assim, em situações mais graves, o transplante do órgão passa a ser a única solução para a cura da doença.

4- COMO FAZER PARA IDENTIFICAR O ACÚMULO DE GORDURA E A GRAVIDADE DESTE DISTÚRBIO? 
Os indícios de esteatose são detectáveis, inicialmente, pelo exame clínico do paciente no próprio consultório médico.
O fígado pode estar com aumento de volume e o médico detectar isto ao apalpar o abdômen. Se isto for observado, cabe ao profissional solicitar, por meio de exames, a determinação sangüínea de algumas enzimas hepáticas que, se estiverem realmente em quantidades maiores, podem indicar a presença de distúrbio hepático, o que pode mostrar inclusive uma esteatose. Na etapa seguinte, dá para se realizar um ultra-som de abdômen que revelará aumento e alteração estrutural do fígado. A BIÓPSIA É A ÚNICA

5- FORMA DE VERIFICAR SE A GORDURA NO FÍGADO PODE EVOLUIR PARA A CIRROSE?
Somente a biópsia (a retirada de um pedaço do órgão para análise) permite avaliar se há esteatose simples, esteatohepatite, presença de fibrose ou cirrose. A indicação deste exame invasivo é feita para paciente com padrão ultrassonográfico do fígado que gere suspeita e na presença de níveis elevados das enzimas hepáticas no sangue.
A indicação obedece a critérios rígidos que devem incluir cada um dos dados acima.

6- É POSSÍVEL REVERTER O PROBLEMA APENAS POR MEIO DO CONTROLE NA DIETA? 
Sim, para a maior parte dos pacientes, especialmente aqueles com esteatose simples, a correção dietética (com a redução de gordura), a perda de peso e a manutenção de uma rotina de atividade física são suficientes para reverter o quadro.

7- E QUANTO À PREVENÇÃO? 
Valem os mesmos requisitos: manutenção de dieta saudável e do peso ideal, bem como atividade física constante.

E eu que super chegada numa cervejinha e vinho; eu que suo frio só de pensar em uma biópsia no fígado à noite fui de Sukita Uva. Que medo! Não quero nem saber de outro exame, farei a cirurgia, emagrecerei e isso vai passar.

Mas ontem, depois dos exames e antes de recorrer ao google; na 19ª hora de jejum eu fui almoçar numa churrascaria. Devido a provável futura necessidade de reforçar o ferro devido a cirurgia, estou tentando gostar mais de carne vermelha. Esbaldei-me na picanha e baby beef  (e cervejinha gelada) nem um pedacinho de frango. (Esse último parágrafo foi só pra tentar dar uma amenizada em todo resto, rs)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O resgate do piercing 65kg depois.

Meninas, eu sei que será meu 2º post da noite, mas é um marco histórico então é merecido. Vocês lembram que eu contei para vocês sobre o meu vexatório piercing circundado por 65 quilinhos que foram brotando desde que ele chegou.
Amanhã vou fazer raio-X e não quero passar mais
por isso.
Nessa madrugada, sem poder comer e tentando fazer digestão daquele beirute obsceno, peguei dois alicates enferrujados e lutei, lutei e consegui tirar!! Tirei a primeira cabecinha e filmei esse momento. Reparem que ficou uma marca horrenda, obviamente pq esses 65kg esticaram muito a pele e ele virou um rasgo.

"Jejum" antes de exame.

Meninas, amanhã farei exame de sangue (12h de jejum às 7h) e ultrassom (6h de jejum às 12h). Sabe o que isso significa?
Saí cedinho do trabalho, parei em uma padaria e pedi um beirute. Vocês não tem noção do tamanho do beirute. Ocupava o prato todo (daqueles grandes de restaurante) com uns três dedos de altura (bem mais denso de coisas pesadas que o da foto). E coca cola porque na véspera não pode bebida alcóolica. Doperidona pra facilitar a descida (que vergonha!)
Gente, comi, comi, comi, comi, comi como se fosse mesmo a última refeição da minha vida. Agora estou chupando chiclete feito uma louca com medo de dar alteração por ainda ter comida no sistema digestório.
O problema é que essa compulsão doida por comer me deixa burra, incapaz de aprender com os erros. No dia da endoscopia foi a mesma coisa. Comi duas 'pratadas' de comida e depois fiquei desesperada pois na última endoscopia, mesmo com o jejum de 12h, ainda tinha comida no meu estomagão. Peguei o carro e fui procurar uma farmácia em pleno domingo e comprar um antiácido.
Não sou apenas uma gordinha, sou uma gordinha-gulosa-estomagona-sem-vergonha.
Meninas, torçam para amanhã eu encontrar uma enfermeira não vampira que encontre a minha veia de primeira e não fique me picando inteira.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu e minha ansiedade.

Todo mundo que me conhece, já logo nota uma grande ansiedade. Só que pela segunda vez esse ano eu tive a prova física disso.  Durante o dia, eu tinha sentido algumas pontadas no peito (bem em cima do coração mesmo), mas ontem, feriado 15/11, às 5h da manhã acordei com uma dor fortíssima no peito. Umas pontadas muito fortes mesmo e eu mal conseguia me mexer. Foi horrível.  Meu marido foi tentando me acalmar e eu fiquei um pouco mais deitada e foi diminuindo. Quando íamos ao hospital, fui tomar um banho rápido e aumentava a minha certeza que não era uma síncope cardíaca ou infarto _era ansiedade.


Há poucos meses atrás, senti uma pressão muito forte no peito, era uma dor descomunal que foi piorando ao longo do dia. Fui ao pronto socorro e eu chorava continuamente (parecia uma torneira ligada). Fizeram eletro e chegaram a conclusão que era ansiedade, stress, enfim. Tomei uma dose cavalar de injeções de relaxante muscular e 2 comprimidos de Valium e não dormi (!) e nem parei de chorar. Mesmo assim me mandaram pra casa com encaminhamento para cardio e um “remedinho bem fraquinho para relaxar” pois não poderiam dar nada taxa preta no PS. Depois de várias horas de choro e ainda dor contínua, consegui dormir e no outro dia acordei melhor. Obviamente, não fui em cardio nem tomei mais “remedinho bem fraquinho para relaxar” por descrença nele. Minha explicação: naquela manhã, eu tinha entrevistado um homem com um histórico patológico de ansiedade, aquilo me afetou muito e eu somatizei. Aquele dia eu fiquei muito pior, bem mal.

Ontem, com as pontadas com maior intervalo, peguei o tal remedinho e tomei logo dois. Consegui dormir e no outro dia acordei melhor. Por que eu poderia ter um troço desses no 4º dia de um feriado prolongado? Tinha passado o dia todo em casa. Dessa vez eu não tenho muitos palpites, mas o fato é que a minha ansiedade está me pondo abaixo. Meninas, eu sei que vão brigar comigo, mas ainda não marquei a psicóloga pois eu agendei 4 cirurgiões e já fui em 2. Estou pensando que é melhor agendar aquela que for da equipe do médico que vou operar, ou for mais prática enfim..  Ai gente, será que estou me burlando? Mas essa parte é cara, não posso correr o risco de depois ter que passar com outra. Entendem? Vocês conhecem alguém que levou canseira da psicologia para conseguir o laudo por causa de depressão ou coisas como essa?

sábado, 12 de novembro de 2011

2º Cirurgião - Instituto Garrido - Dr Renato Massaru Ito

Dessa vez eu mal fiquei na sala de espera. Cheguei quase 1h mais cedo e ele já queria me atender. Tive que pedir que esperasse até eu ir ao banheiro, rs
A mocinha foi me pesar e.... O QUE?????????? 130kg. Amigas, há 10 dias fui ao Dr Marcelo Sallem e estava pesando 127kg. Tudo bem que eu não estou me controlando em nada, mas ainda assim acho que isso é impossível e eu tenho uma explicação (de gordo): estava um dia insuportavelmente quente, eu fiz um caminho gigante e peguei muito transito por ser véspera de feriado, era rodízio, tive que parar o carro e pegar metrô, taxi. Cheguei lá suando daquele jeito. Ou seja, eu estava inchada.
Antes que vocês me chamem de gordinha sem vergonha, explico: eu sou gorda porque eu como e bebo MUITO e nunca neguei isso (nem dá, né?!). Mas eu só achei um exagero e que racionalmente não se encaixa. Lembrei do post da Fer sobre a melhor hora para se pesar, acho que foi isso, rsrs.
O médico que me atendeu foi o Dr Renato Massaru Ito, conhecem?
Ele deu aquela explicada básica sobre a cirurgia, mostrou-me uma animação sobre como ficarão os órgãos internos depois da cirurgia e eu saquei uma folha de sulfite com minhas dúvidas.
 
Sobre o sleeve, ele disse que faz, mas lá eles recomendam a Fobi Capella pois a perda de peso é mais satisfatória. Repetidamente perguntei sobre a qualidade de vida de quem faz essa técnica e que se alguém tomar todas os complexos vitamínicos certinho, está livre de fazer sessões intravenosas de vitaminas ou por injeções (ai que medo!!) e ele respondeu que não; pode ser que precise. Especialmente por causa da menstruação (que saco! e eu nem gosto disso!). Mas que não é tão comum as pessoas precisarem desse complemento. Meninas, achei estranho pois ele falou que a pessoa tem que tomar 2 complexos, e até hoje só tinha ouvido falar de 1 ao dia.
Perguntei se é verdade que quem faz Fobi Capella tem mais dificuldade em endoscopia e tratamentos radiológicos e ele disse que sim!!! Mostrou que a temida mangueira tem que descer no estomago, intestino e fazer aquela curvinha e ir até o resto do estomago que está lá parado (!!!!). Sem pestanejar eu disse: Dr, você sabe que isso é assustador para os leigos, né?! Ele riu e disse que já existem aparelhos que fazem isso.
No sleeve, com a parte que se retira do estomago, vai a produção do hormonio da fome. No Bypass, com o estomago lá no cantinho, o hormonio da fome continua a ser produzido?
- Sim.
- Ai!!! Mas a pessoa fica sentindo fome e não consegue comer?!?!
- Depois que o estomago pequenininho enche, você não sente mais fome.
- Mas depois que ele esvazia a pessoa já sente fome rapidinho de novo?
- Não
- Dr, eu fico muito preocupada com a qualidade de vida depois porque temos relatos (especialmente a família) de pessoas que, para sempre, tem que comer aquele pouquinho, devagarzinho, num sofrimento...
- Atualmente não é mais assim, antes as pessoas sofriam por causa daquele anel que é terrível.
Meninas, por favor contem a versão de vocês, é isso mesmo? Para mim essa parte é importante.
-Dr, esse estomaguinho dilata quanto depois?
- Nada!
Eu escandalosa: Como assim?? Quer dizer que eu conseguir comer em 3 meses de cirurgia é o que eu vou comer daqui 10 anos???
- O estomago estará do mesmo tamanho. Tem gente que vem aqui e diz que está engordando, fazemos endoscopia e descobrimos que o estomago está a mesma coisa. As pessoas é que aprendem a comer e aí o volume de comida que se consegue ingerir é maior.
Meninas, peguem leve na bronca que vocês vão me dar, mas... Para mim é assustador sim pensar que vou comer uma miserinha pro resto da vida!! Como vou conseguir?!
- Dr, dumping: dá para saber se eu vou ter ou não?
- Não, mas os médicos queriam que todos tivessem.
- O que????
- Faz a pessoa ter o limite de quanto de doce ela pode comer.
- É só doce?
- Doce e coisas muito concentradas.
- Como assim? O que é uma coisa muito concentrada?
- Suco de manga por exemplo.
- Oh !!!! Dr, quem tiver, vai ter isso logo depois da cirurgia ou para o resto da vida?
- Para o resto da vida.
- Aiiiiiii É muito ruim! Mas passa?
- Passa. Se a pessoa ficar deitada por uns 5, 10 minutos, passa. A pessoa tem certeza que vai morrer, é uma sensação de morte, mas passa..
=/ - eu com cara de gordinha comilona
O péssimo é que eu esqueci de fazer algumas perguntas. Isso sempre acontece, que raiva! Eu queria ficar um dia inteiro sentada com o médico fazendo perguntas (inclusive, repetidas - muito importante para se convencer!).
Desculpa o post longo, mas acho bom passar o que eu conversei com um médico. Acho que ajuda bastante gente.
PS: continuo na cruel dúvida das técnicas

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Endoscopia - Exame Pré

Hoje fui fazer a endoscopia. Que coisa mais desagradável!!! Sempre tive pavor desse exame.
Primeiro, "pegar a veia". Algo que é simples, para mim é um tormento pois nunca ninguém acha a minha veia. Fiquei naquele 'fecha e aperta' a mão  e, obviamente, ela não achou nem na mão. Tirou no pulso, de lado, abaixo do dedão. Mesmo assim não saiu sangue, teve que furar duas vezes.


Fiquei esperando minha vez para fazer o exame. A paciente antes de mim foi trazida em uma cadeira de rodas e eu olhei bem e pensei: eu nunca vou caber nisso!!


Quando fui para a sala de endoscopia, pensei o mesmo de sempre: pra que eles deixam aquelas mangueiras a vista??? 
A enfermeira me mandou subir naquela maca meia boca (preciso dizer que já imaginei tudo desmontando). Foi difícil porqu eu achei que fosse virar, escorregava e poruqe eu estava com agulha em uma das mãos e não podia usá-la.


Gente, eu não DORMI!!!!!!!!!!! Isso mesmo! O sedativo não fez nenhum efeito. Fiquei totalmente indócil, fui falando com ela, querendo mexer..  As outras enfermeiras ficaram segurando as minhas mãos pra eu me comportar. A médica virou o monitor para mim e ficou mostrando meu estomago e ela arrancando pedaços dele (bem legal!). Encontrou uns #@$¨%$&%& (esqueci o nome) e pegou dois pedaços desses também. Mas disse para que não era para eu me preocupar pois devem ser BENIGNOS (oi?????????? como assim? é o mínimo que eu espero de qualquer coisa q vc encontre aí!). 


Bom, no final ela me brindou com: 'nossa, vc é forte, eu coloquei mais sedativo e não você não apagou. Deve ser o peso."
Minha vontade: jura????????? grrr Por que a suspresa?? Eu tinha avisado que pesava 127kg ou me fizeram falar perto de todo mundo por sadismo! 


Nem cochilei o dia todo, a tal anestesia nem fez coceguinha mesmo. Que medo disso acontecer numa cirurgia por exemplo.
Mas também não disperdicei o atestado e estou em casa o dia todo!!


=**


Ahhh me levaram de maca, acho que sacaram que com a cadeira de rodas não ia ser possível mesmo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Técnica Lazzarotto e Souza

Meninas, vocês já ouviram falar da técnica Lazzarotto e Souza de cirurgia do emagrecimento?
Nunca conversei com alguém que tenha feito, mas é a técnica de algumas pessoas conhecidas da TV. Há um pequeno grampeamento no intestino e não se mexe no estomago. A pessoa pode continuar comendo o quanto quiser, só precisa tomar muita água com a comida quando quiser emagrecer. (explicação leigamente simplificada).




No site tem vários depoimentos, inclusive uma entrevista completa com o médico: www.obesidadeemfoco.com.br

Vocês já conversaram com algum médico a respeito? Conhecem alguém? O que vocês acham?

sábado, 5 de novembro de 2011

Choro todos os dias.


Não sei o motivo, é um choro aparentemente banal. Mas é todo dia. Se estou em casa, ele chega e diz oi, eu choro. Se meu irmão chama carinhosamente minha mãe de gordinha (e ela é gostosamente muito magra), eu choro. De olharem pra mim, eu choro. Se eu leio um post de uma de vocês com o qual eu mais me identifico ou tenho medo, disparo um choro contínuo e uma tristeza sem fim. Tento sempre disfarçar afinal não consigo explicar e porque deixo as pessoas sem rumo ao me ver chorar assim de repente 'sem motivo' e frequentemente. Por várias vezes eu consigo, por outras, não.



Aqui entre nós, eu morro de medo disso piorar depois da gastroplastia por agonia de não conseguir/poder comer. Piorava quando fazia regime tomando remédio. Afinal, é tudo que tenho hoje, a comida. 

Eu nunca fui tão sensível assim. Não tenho motivos para duvidar de que estou com depressão, mas acho que não posso simplificar que se deve apenas pelo peso. .
É uma falta de energia sem fim, falta de energia para atravessar uma rua, de abaixar para pegar algo que caiu no chão, de me ajeitar no sofá!  Não vou nem falar da impaciência e irritabilidade, pois esse é o post da tristeza. Nem sei mais como descrever, só sei que é muita tristeza.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

1º Cirurgião: Dr Marcelo Salem

01/11/11 - Dia da cirurgia da minha já amiga Dani (etcetalecoisas.blogspot.com). Eu não sei qual foi a hora da cirurgia, mas fiquei pensando nela em vários momentos ao longo do dia; mandei muitos pensamentos positivos. Torci muito por ela. Ainda não tenho notícias, mas tenho certeza que ela está se recuperando lindamente no hospital e logo, logo estará dividindo esse momento conosco. Inclusive, ela me deu um presente: cedeu para mim sua consulta agendada no Dr Marcelo Salem pois nessa data ela já estaria operando. Fiquei muito feliz e surpresa quando, um dia antes, liguei lá e consegui trocar de lugar com ela.

Sala de Espera: Esperei bastante mas, pela primeira vez, eu desencanei de ficar preocupada com que horas eu conseguiria chegar no trabalho e aproveitei o momento. E foi bom porque demorou bastante.
Vi uma foto do antes e depois da Val (conquistandoopesoideal.blogspot.com/) lá no mural, fiquei feliz por ela! Deve ter sido um orgulho entregar aquela foto para ele.
Fiquei preocupada: ouvi a secretária dizendo ao telefone que todos os pacientes tem que arcar com o custo da equipe médica na cirurgia e que inclusive o convênio faz o paciente assinar um documento atestando que está ciente disso e que todos os convênios funcionam assim. Foi o suficiente para me dar aquele gelo na barriga.

Consulta: o encontro com a balança: 127kg! (como eu cheguei nisso mesmo? Parece que não percebi) Achei engraçado que eles nem falam em gramas. Também, pra quem pesa duas pessoas em um só corpo, que bela diferença faria! IMC: 45,5 - ele disse que com esse IMC nem preciso ficar indo atrás de muitos laudos. Não achei esse comentário o melhor, pois acho importante ver se não tem nada escondido aí embaixo, antes da cirurgia.

Mas a minha grande pergunta para essa consulta era: qual técnica é a melhor para mim? Sleeve ou Fobi Capella? E ele foi categórico que Fobi Capella pois, como disse ele: "você precisa perder peso pra cacete!! Pelo menos 60kg". Foi reconfortante ouvir isso e foi o que ficou ecoando na minha cabeça depois..
Pelo sleeve, o comum é as pessoas perderem 30kg, 35kg. Disse que teve pacientes que chegaram a perder 50kg, mas não lembra de ninguém que tenha perdido 60kg, até pq não é a técnica que ele costuma indicar para esse público. Outras pontos abordados:
- Sleeve não é uma evolução da Fobi Capella; são para públicos diferentes.
- A grande diferença é que com Fobi Capela terem mesmo que tomar vitaminas todos os dias e monitorar por exames anualmente.
- Dumping: ele me disse que 50% das pessoas tem dumping (diabéticos tem menos chance) e desses 50%, 25% melhoram depois de uns 2 anos da cirurgia. Perguntei qual o fator que faz uma pessoa ter e outra não e ele disse que não é conhecido. Acontece quando se come muito doce. Vc pode comer um pedaço de chocolate, mas não um milk shake. Ai gente, eu não quero sentir isso, muito menos para sempre. Tenho muito medo de desenvolver um outro tipo de relação infeliz com a comida e viver em mal estar.
- Perguntei a ele sobre esse negócio de pagar a equipe médica. E ele disse que eles tem um valor mínimo de mais ou menos R$6000, se o convênio não cobrir tudo isso, a diferença tem que ser paga pelo paciente. Meninas, isso aconteceu com vocês? Tiveram que pagar? To preocupada!

Dúvida que esqueci de perguntar: Se eu tomar remédio e emagrecer uns 15kg e fizer o sleeve, será que o tanto de peso que posso perder após a cirurgia se mantém ou diminui pois o primeiro excesso já havia sido 'retirado' antes do procedimento, o corpo já estava acostumado com pouca comida e perde menos?

Bom, o Dr Marcelo Salem foi bem objetivo, bocejou algumas vezes, mas me passou uma tranquilidade de que a cirurgia não é coisa de outro mundo e que é a melhor coisa a ser feita pelo obeso. Não dá para ficar assim. Tem uma boa formação e isso eu considero muito importante. Fiz questão de passar com ele pois ele faz sleeve e queria tirar essa dúvida com ele. Fez a prescrição de alguns exames e disse que devo passar por uma médica clínica geral (levando os exames preferencialmente a indicada por ele) e trazer os laudos de nutri (tem que ser de lá) e psicóloga (pode ser qq uma). Disse que cardio e endocrino não precisa pois o Bradesco tem perícia. Não entendi isso e acabei não conseguindo perguntar. Alguma hora vão ver se meu coração aguenta, né? 

A sensação agora é de que eu to mais dentro do negócio, é possível e não é tão complicado de eu conseguir.

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