quinta-feira, 14 de julho de 2016

Vivendo com o inimigo. (3anos e quase 4 meses) 13.7.16

Cheguei em casa do trabalho.
 
A medicação prescrita pelo meu psiquiatra está fazendo efeito. Volto pra casa com uma certa sensação de quase compulsão acalmada.
 
Muita vontade de chorar. Compulsão é meu fardo é grande inimiga.
A vida inteira me fazendo sofrer.
 
Mas como viver sem ela?
Não sei viver sem ela.

sábado, 2 de julho de 2016

Recuperando o mais forte em mim (3 anos e 3 meses)

Se eu ficar esperando ter tempo/disposição para escrever... o tempo vai passar e eu não iria passar aqui. E uma das coisas que eu preciso é estar por aqui.
Essa semana fui novamente ao psiquiatra. Mais uma vez falamos sobre eu ter que parar de beber, para conseguirmos fazer alguma coisa sobre as outras coisas como a compulsão, ansiedade etc.

Todos os outros esquemas de medicamentos que ele tinha me dado, falharam. Na verdade, EU FIZ FALHAR todos os esquemas de medicamentos que ele já me passou.
Ele me passou agora um remédio que é "uma paulada". Independente disso, quero fazê -lo funcionar. Eu sei que a única maneira de conseguir isso é não desafiar o remédio. Se eu desafiar, eu vou ganhar. Minha compulsão vence tudo.

Meu plano é me convencer e acreditar que ele funciona. Sabe aquela paródia de um elefante amarrado em um pedacinho de graveto? Ele acredita que está preso e não tenta sair. Quero fazer isso comigo. Acreditar que esse remédio é imbatível e tratá-lo assim.


As outras vezes eu ia... esperava que ele me parasse. Não funciona comigo.

E sabe como eu sei que é essa estratégia que devo seguir? Como aprendi que funciono assim? Além de muita terapia, foi me observando. A única vez na minha vida que consegui ser disciplinada, deixar o controle sobre mim ser mais forte, a única vez q venci, foi o pós bariátrica. No ano seguinte em que consegui emagrecer 70kg.
Eu fiz isso criando minhas próprias regras mentais e fingindo (fazendo eu acreditar fortemente) nelas. Nessas regras como se fossem intransponíveis. Mas que no fundo eu sabia que não eram. Mas eu não me permitia nem tentar porque eu sei que seria apenas a pontinha do novelo.

Meu controle só existe se eu fizer de conta que ele existe.

A única vez que consegui (descobri) foi na bariátrica pois eu não permitia nenhuma, nenhuma possibilidade que não fosse atingir meu objetivo.
Agora, 26kg a mais que o peso mais baixo que cheguei, é hora de resgatar a chave desse baú. Buscar essa garra pela segunda vez. Como sempre disse, fui EU que me emagreci.
Hoje é o terceiro dia que consigo. É o terceiro dia que tomo o remédio, na minha cabeça, imbatível. Hj é o terceiro dia que não bebo e não tenho um grande acesso de compulsão alimentar.

Acontece que hj é sábado. Desafio difícil. Todos os meus fds anteriores, passei em casa, no sofá bebendo e comendo. O que mais amo.
Nesse momento estou na casa da minha mãe, escrevendo pelo celular e só pensando em ir pra casa tomar uma garrafa de vinho e uma massa.

Tô aqui escrevendo para tentar resistir.




terça-feira, 8 de março de 2016

Engorda Pública (2 anos 11 meses) 07/03/16

No trabalho.
Mais pessoas perguntando se estou gravida.
Mais pessoas perguntando ou comentando sobre minha engorda. 

HOJE: 

Pessoa 1: acho que sua calça rasgou na costura atrás!

2
E hoje a verbalização: vai no Vigilantes do peso agora. Vai agora enquanto vc está um pouquinho acima do peso. É melhor agora pq daqui a pouco ter q perder 20, 30kg, aí é muito mais difícil.

3. Outra pessoa: esses dias eu estava te olhando e sabe que eu pensei q vc estava gravida? Por q vc está assim bonitinha, gordinha (apalpando meu braço).

Não gosto nem de pensar QUANTO e COMO são os comentários incessantes e maldosos na minha ausência.





quarta-feira, 2 de março de 2016

Hipótese sobre a comilança atual. (2 anos e 11 meses) 03/03/2016

No trabalho, estou tendo boas oportunidades de trabalhar com coisas novas. Coisas q sempre quis com o objetivo de mudar de área. Na terapia, até conversamos sobre eu estar comendo pra lidar com o problema da engorda que, apesar de terrível, é um problema que eu já conheço e sempre lidei. Pois de repente lidar com o pânico q tenho de não atingir minha expectativa agora que tenho a oportunidade, seria insustentável pra mim. Qdo começo a comer nessa pegada enlouquecida de engorda, não saio mais de casa, falo com as pessoas necessárias apenas e vai evoluindo pra eu não querer sair nem pra trabalhar, nem conseguir me dedicar mesmo.
Faz super sentido, mas e aí, né? 
É isso? Pode ser. Só isso? Não, acho que não. Sendo esse e/ou um outro "motivo", vê-se revertendo? Nesse momento não.
Continuo boicotando a medicação e fazendo orgias alimentares inacreditáveis. Algumas, de tão inaceitáveis, são secretas. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

sábado, 9 de janeiro de 2016

09.01.16- Mais um sábado. (2 anos 9 meses)

Desde que acordei, não parei de comer. Agora na minha mãe (no final), comi tanto queijo e bolacha de leite. Tanto. Tô com aquela sensação de que me entupi de calorias com coisas e em uma situação que 'não compensava'. Pessimo custo benefício. Nesse momento estou indo para a casa da sogra que fez aniversário essa semana. E eu sabia disso. Ou seja, por que raios eu me fiz isso?  



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Primeiro dia de 2016 - Pós Festas e Sobre os medos Pré Bariátrica (2 anos e 9 meses)

Bom, vamos lá.
Lembram da minha promessa do post anterior? De fazer tudo direitinho, especialmente depois do que o psiquiatra falou para mim? Ela surpreendentementementemente deu super certo. Superei tudo o que mais se ´pudesse imaginar e passei uma semana de férias, o dia inteirinho em casa sem beber. Foi inacreditável. Quando me dei conta (talvez na própria terapia), do quão grande foi ficar em casa sozinha resistindo, eu bebi. Decidi começar essa resolução quando voltasse das férias. Acontece que eu voltei das férias no dia 21/12. Sem condições, né?
Aí só depois do Reveillon. Ou seja, só depois de mil quilos a mais.
Hoje é a primeira segunda-feira do ano, 04/01/2016.
Ou seja, hoje é o dia mais esticado para começar as promessas (dietas) de início de ano.
No meu caso, esse dia não começou à meia noite e sim quando eu levantei definitivamente para ir trabalhar. Não é a toa que às 4 da manhã eu estava comendo TUDO e qq coisa que tinha em casa, sem o menor critério. Exemplo (isso só nessa hora da madrugada, hein?!) um pacote inteiro de bolacha doce, espumante, salsicha crua, salgadinho de queijo, granola doce, iogurte, sorvete..  Aliás, esses últimos dias de Natal/Ano Novo, minha rotina foi: comer até passar mal (não conseguir me mover, quase explodir, mal estar) ir deitar e dormir. Acordar, comer, lotar a pança dormir, acordar.. num ciclo.. mesmo.. Triste. Ruim.
 
*Não assisti a essa novela, mas essa é a Dona Redonda explodindo.
 
Sou um ser sem jeito mesmo, nem tomar o remédio do psiquiatra eu tomei. Era pra arregaçar mesmo. Não é a toa que engordei um milhão de quilos.
Segundo o meu peso de hoje, eu engordei exatamente 18kg do meu menor peso pós cirurgia.
Ontem, quando me dei conta disso, travei tanto que precisei tomar relaxante muscular.
 
Continuando esse post algumas horas depois...
Ao abrir o blog, vejam nesse link o post que me apareceu como sugestão> Ano Novo 2015. Obviamente que a primeira sensação é um terrível e eterno ciclo de fracasso. A segunda também.
 
Nesse instante, veio uma ansiedade no meu peito e eu acabei de furar a dieta. Abri uma garrafa de vinho que está aqui ao meu lado. Acho que não existe ser no mundo mais criativo/capaz de criar desculpas que o compulsivo viciado em comida.
 
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Decidi que vou responder nos posts, os comentários que ganho em meu blog. Tenho comigo que se eu respondo lá, a pessoa nunca vai saber/ler. Ou talvez copie lá tb a resposta. é uma ideia.
Inúmeras vezes contei que esse blog não nasceu com o objetivo de divulgação ou algo assim. Queria registrar, especialmente para mim mesma. Por isso, pelo menos aqui me reservo no direito de não aceitar julgamentos hipócritas. Enfim, diante dessa despretensão, fico muito feliz de ver que apareceram pessoas companheiras que além de ler, dedicaram alguns minutinhos para escrever e me deixar saber que não estou sozinha. Hoje especialmente pois, ao ver esse post que citei de exato um ano atrás, vi o comentário de uma pessoa que está aqui hoje também com angústias. Obrigada 'nova mulher'. (Conte se conseguiu perder os 9kg restantes).
Sabe, sobre o medo de continuar com a compulsão após a redução, vou resumir em alguns pontos:
- durante o pós operatório, acredite, vc não vai comer a mais e estourar seu estômago. Especialmente uma mulher que já emagreceu um dia mais de 20kg.
- ter compulsão depois de um tempo? Bom, se você é realmente compulsiva, isso não vai se curar, como diz meu psiquiatra que é especialista nisso. Nós vamos aprender a lidar. A questão é se vale a pena lutar lidar contra isso com/sem a cirurgia.
- O que me fez DE FATO ir para a mesa de cirurgia foi a necessidade. Para mim estava claro que eu não tinha saída. Eu não tinha mais limites, a cada dia eu comia mais e me sentia mais indisposta. Diante disso, eu tinha que me jogar; ir. Ou então em 5 ,10 anos eu corria o risco de estar lidando com os meeesmos problemas. Em terapia cheguei a conclusão: vamos lá! Se for para acontecer, que venham outras situações/problemas, vou tentar, vou conseguir. Eu tinha outros medos, mas confiei que quando (E SE) eles acontecessem, eu conseguiria correr atrás, pedir ajuda, descobrir um jeito de lidar com ele. Afinal de contas é isso que nós fazemos todos os dias. Por que para isso teríamos que ter toda certeza e controle absoluto das variáveis? Isso não existe. Foi a melhor coisa que eu fiz.
 
 
 

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